Projeto Casa de Davi: Música e Fé como Instrumentos de Ressocialização no CDRL de Linhares
No Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares (CDRL), um projeto inovador que combina música e espiritualidade está transformando a vida de internos e promovendo a ressocialização. Denominado Casa de Davi, a iniciativa foi estabelecida em 2018 e tem se mostrado essencial no fortalecimento das ações de assistência religiosa dentro do ambiente prisional.
“O projeto desempenha um papel essencial no processo de ressocialização dos presos. Esta atividade não apenas oferece uma ocupação construtiva do tempo, mas também promove valores como a disciplina, o respeito mútuo e a espiritualidade”, ressalta Geanderson Oliveira de Carvalho, diretor do CDRL. “Por meio da música e dos louvores, muitos encontram uma forma de expressar emoções, reconstruir a autoestima e desenvolver um sentido de pertencimento”, complementa.
O grupo musical, composto por seis internos, participa de cultos e missas realizados na unidade, além de se apresentar ao vivo durante a programação da Rádio Vox, uma emissora interna. Internos com habilidades musicais selecionados para a iniciativa não apenas aprimoram seus talentos, mas também transmitem conhecimentos sobre instrumentos e técnica vocal para outros custodiados. Desde o início do projeto, 20 internos já tiveram a oportunidade de integrar o grupo.
Saulo, um dos principais integrantes, atua como vocalista e tem uma trajetória de oito anos na banda. Iniciou sua jornada musical tocando violão, mas ao longo do projeto teve a oportunidade de aprender a tocar novos instrumentos, como baixo e cavaquinho. “Já toquei em outras bandas antes de ser preso, mas no projeto aprendi a usar instrumentos que nunca havia tocado antes. Vejo isso como uma maneira de fazer o bem, levando conforto e alegria por meio da música, mostrando os ensinamentos de Jesus através das canções”, afirma.
Segundo Geanderson, o ambiente criado pela banda estabelece uma rede de apoio e solidariedade, que contribui para afastar comportamentos negativos e promover a construção de uma nova identidade pessoal e social entre os participantes. “A música religiosa, com seu forte componente espiritual, inspira transformação interior e oferece esperança, ajudando os internos a refletirem sobre suas escolhas e a planejar um futuro diferente após o cumprimento da pena”, explica.
A iniciativa também serve como um espaço de integração entre internos e servidores, criando um ambiente de troca de conhecimento e espiritualidade mútua. A assistência religiosa no sistema prisional é garantida pela Lei de Execução Penal (LEP), sendo que no Estado do Espírito Santo, 2.230 voluntários atuam no atendimento religioso às pessoas privadas de liberdade.
Para mais informações, a Assessoria de Comunicação da Sejus está à disposição. Contatos: Sandra Dalton e Paula Lima, (27) 3636-5732 / 99933-8195 / 99241-7856 ou através do email [email protected].
Fonte: Governo ES