Líderes Europeus Se Reúnem com Zelensky em Washington para Reforçar Posição de Negociação com os EUA e a Rússia
Na manhã deste domingo, 17 de setembro, líderes europeus, incluindo o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o premiê britânico, Keir Starmer, se reuniram para coordenar esforços antes do encontro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington. O foco das discussões é buscar um avanço nas negociações de paz enquanto Trump pressiona por um acordo.
Trump, que se encontrou recentemente com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, manifestou otimismo em sua conta nas redes sociais, prometendo “grande progresso em relação à Rússia”, mas sem detalhar as possíveis condições. A expectativa é que a reunião, marcada para esta segunda-feira, 18, trate das complexas condições que envolvem um cessar-fogo e garantias de segurança para a Ucrânia.
Durante uma entrevista, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ressaltou que tanto a Rússia quanto a Ucrânia precisarão fazer concessões. Um dos pontos de discussão será uma proposta que envolve a renúncia de territórios ocupados pela Rússia em troca de concessões por parte da Ucrânia, o que inclui a aceitação de uma faixa de terra fortificada no leste do país e o congelamento das linhas de frente atuais.
Fontes de alto escalão indicam que as condições exigidas por Putin são desafiadoras para a Ucrânia, o que poderá gerar tensões nas negociações do que se considera a guerra mais letal da Europa nos últimos 80 anos.
Os aliados europeus estão especialmente preocupados em evitar a repetição de um incidente anterior, ocorrido em fevereiro, quando Zelensky teve um encontro tenso na Casa Branca com Trump e o vice-presidente JD Vance, onde foi criticado publicamente.
Além dos líderes europeus mencionados, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também viajará a Washington. A inclusão de outros líderes, como o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, ressalta a importância que a comunidade europeia atribui ao papel dos EUA nas discussões sobre segurança na região.
Zelensky, em uma declaração ao lado de Von der Leyen durante uma visita a Bruxelas, enfatizou a necessidade de um papel ativo de Washington nas negociações de paz, ressaltando a importância de que as linhas de frente atuais da guerra servem como base para as discussões. “Putin não quer parar a matança, mas deve fazê-lo”, afirmou.
Von der Leyen acrescentou que os aliados da Ucrânia buscam garantias de segurança robustas e um assento na mesa de negociação para que Kiev possa discutir seu futuro territorial. As potências europeias desejam organizar uma reunião trilateral entre Trump, Putin e Zelensky para garantir a liderança ucraniana nas discussões.
Conforme relatado, Putin comunicou a seu aliado próximo, o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, sobre os detalhes das negociações no Alasca e também se consultou com líderes do Cazaquistão. Recentemente, Trump sugeriu que a Ucrânia deveria considerar um acordo de paz, mencionando que “a Rússia é uma potência muito grande, e ela não é”, aludindo à necessidade de pragmatismo nas discussões.
Após o encontro com Putin, Trump telefonou para Zelensky e informou que o líder russo estaria disposto a congelar as linhas de frente se a Ucrânia aceitasse ceder a região de Donetsk, que é um dos principais alvos de Moscou. Entretanto, Zelensky rejeitou essa proposta, tendo em vista que a Rússia já controla aproximadamente 20% do território ucraniano.
É crucial que o desenrolar das discussões e propostas nas próximas reuniões sejam acompanhadas de perto, dado o impacto potencial sobre a segurança e a estabilidade na Europa Oriental.
Líderes europeus se juntarão a Zelensky em encontro com Trump
Fonte: Agencia Brasil.
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