Brasil brilha no esporte paralímpico em 2025, mas enfrenta controvérsias com a CBTM
O ano de 2025 foi um marco para o esporte paralímpico brasileiro, destacando-se como um período de desempenhos excepcionais e conquistas históricas, à medida que o país se prepara para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028. O Brasil emergiu como líder em diversas competições internacionais, especialmente nos Campeonatos Mundiais de atletismo e judô, onde conquistou o topo do quadro de medalhas.
Em fevereiro, Cristian Ribera trouxe otimismo ao vencer o Campeonato Mundial de Esqui Cross Country em Trondheim, Noruega. O atleta, natural de Rondônia, se destacou na prova de sprint e é considerado uma forte esperança de medalha para a Paralimpíada de Inverno, programada para março de 2026 nas cidades italianas de Milão e Cortina.
Em maio, na Copa do Mundo de Tênis em Cadeira de Rodas, realizada em Antalya, Turquia, a equipe brasileira da classe quad fez história ao chegar à final pela primeira vez, conquistando a medalha de prata, derrotada apenas pela Holanda. Os jovens atletas Vitória Miranda e Luiz Calixto também brilharam nos eventos Grand Slam, com a primeira obtendo títulos em simples e duplas no Aberto da Austrália e Roland Garros, enquanto Luiz venceu a prova de duplas masculinas na Austrália.
No Mundial de Judô em Astana, Cazaquistão, o Brasil teve um desempenho notável, subindo 13 vezes ao pódio, com cinco medalhas de ouro. Destacaram-se a tricampeã Alana Maldonado e o bi-campeão Wilians Araújo, entre outros. Além disso, a categoria feminina teve uma final totalmente brasileira com a vitória de Rebeca Silva sobre Meg Emmerich.
O Brasil também manteve sua excelente forma no Mundial de Canoagem em Milão, onde Fernando Rufino conquistou a única medalha de ouro da equipe, repetindo sucesso prévio da final paralímpica de Paris 2024. No Mundial de Ciclismo de Estrada, o tricampeonato de Lauro Chaman e a performance de Sabrina Custódia em ciclismo de pista evidenciaram a força do país no esporte.
A competição de natação em Singapura, em setembro, deu destaque a Gabriel Araújo e Carol Santiago, que brilharam com três medalhas de ouro cada, ajudando o Brasil a terminar em sexto no quadro de medalhas.
Em outubro, o Brasil fez história no Mundial de Atletismo na Índia, conquistando 15 medalhas de ouro e superando pela primeira vez a forte seleção da China. A acriana Jerusa Geber foi uma das estrelas do evento, conquistando duas medalhas de ouro e estabelecendo um novo recorde de pódios em Mundiais.
O Mundial de Halterofilismo, também em outubro, foi marcado pela vitória da equipe feminina, que garantiu a medalha de ouro por equipes, com individualmente as atletas Tayana Medeiros, Lara Lima e Mariana d’Andrea se destacando nas suas categorias.
Entretanto, o ano não foi isento de controvérsias. A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) esteve no centro de uma polêmica que envolveu um grupo de nove atletas que reclamaram de exigências consideradas excessivas relacionadas ao Bolsa Atleta. Segundo o ofício enviado ao Ministério do Esporte, a CBTM condicionou o acesso ao benefício a um planejamento que incluísse a participação obrigatória em eventos internacionais e à destinação de uma parte do Bolsa-Pódio para custear essas participações. O Ministério respondeu que não havia previsão para tais exigências, levando a CBTM a revogar a medida, mas a tensão entre a entidade e os atletas persiste.
Esse ano reafirmou a força e o potencial do Brasil no esporte paralímpico, ilustrando tanto as conquistas quanto os desafios enfrentados em busca de reconhecimento e apoio.
Retrospectiva: atletismo e judô são destaques na temporada paralímpica
Fonte: Agencia Brasil.
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