Chile vai às urnas em segundo turno presidencial com 15,8 milhões de eleitores
Neste domingo (14), cerca de 15,8 milhões de eleitores chilenos são esperados nas urnas para o segundo turno da eleição presidencial. A disputa é entre a ex-ministra do Trabalho Jeannette Jara, de 51 anos, do Partido Comunista e da coalizão governista, e o ex-deputado José Kast, de 59 anos, do Partido Republicano, representando a ala ultradireitista. O novo presidente sucederá o atual líder do país, Gabriel Boric, sendo que a reeleição é proibida no Chile.
No primeiro turno, realizado recentemente, Jara recebeu 3.476.554 votos, equivalentes a 26,85% do total. Kast ficou em segundo lugar com 3.097.685 votos, ou 23,92%. A candidatura de Kast representa sua terceira tentativa, tendo sido derrotado por Boric nas eleições de quatro anos atrás.
A campanha presidencial teve seu término na última sexta-feira (12). Na disputa, Kast defende um endurecimento das políticas migratórias e um fortalecimento da lei e da ordem, enquanto Jara foca em reformas sociais, combate ao crime e busca de diálogo com eleitores indecisos. Pesquisas recentes, tanto locais quanto internacionais, têm mostrado uma vantagem para Kast nas intenções de voto.
Um aspecto inovador deste pleito foi a implementação do voto obrigatório, que visa aumentar a participação da população nas eleições. Na última presidência, a abstenção alcançou alarmantes 53%.
Relações com o Brasil
O Chile, que é o maior produtor mundial de cobre e o segundo maior de lítio, busca estreitar laços comerciais com o Brasil, apesar de não possuir fronteira física com o país. Em abril de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância de aprofundar acordos comerciais entre empresários chilenos e brasileiros para impulsionar o crescimento econômico de ambas as nações.
Na ocasião do Fórum Empresarial Brasil-Chile, realizado em Brasília, Lula destacou a necessidade de parcerias que beneficiem ambas as partes. “Como maior economia da América Latina, o Brasil tem que entender que é obrigado a flexibilizar para que as coisas possam acontecer”, declarou ele, acompanhado pelo presidente Gabriel Boric.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil é o principal parceiro comercial do Chile na América do Sul, especialmente no que diz respeito a bens industriais. O Chile, por sua vez, ocupa a sétima posição no ranking de parceiros comerciais do Brasil, representando 2,1% da corrente de comércio brasileira.
Com informações de agências internacionais parceiras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Chile vai às urnas neste domingo para eleger presidente no 2º turno
Fonte: Agencia Brasil.
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