Taxa de Desocupação atinge 5,2%, o menor índice desde 2012
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta semana, dados que revelam uma queda significativa na taxa de desocupação no Brasil. Para o trimestre encerrado em novembro de 2025, o índice ficou em 5,2%, o menor da série histórica que começou em 2012. Essa taxa representa uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que registrou 5,6%, e uma diminuição de 0,9 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2024, que tinha uma taxa de 6,1%.
A análise mais detalhada revela um panorama positivo do mercado de trabalho. A população desocupada foi estimada em 5,6 milhões de pessoas, que é também o menor contingente desde o início da série. Esse número representa uma diminuição de 441 mil pessoas (-7,2%) em relação ao trimestre anterior e uma queda ainda mais acentuada de 988 mil pessoas (-14,9%) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Em contrapartida, a população ocupada alcançou 103,0 milhões, um recorde histórico, com um aumento de 601 mil pessoas (0,6%) em relação ao trimestre anterior e uma alta de 1,1 milhão de pessoas (1,1%) no comparativo anual. O nível de ocupação, que indica a porcentagem de pessoas empregadas na população em idade de trabalhar, atingiu 59,0%, também sendo o maior já registrado, mantendo-se estável em relação ao ano anterior.
Outro dado relevante é a taxa composta de subutilização, que registrou um índice de 13,5%. Esse número demonstra uma queda de 0,6 ponto percentual quando comparado ao trimestre anterior (14,1%) e uma redução de 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2024 (15,3%). A população subutilizada foi estimada em 15,4 milhões, o menor número desde dezembro de 2014, com uma redução de 627 mil pessoas (-3,9%) no trimestre e de 2,1 milhões (-11,9%) no acumulado do ano.
A taxa de informalidade, que gira em torno de 37,7% da população ocupada, representa 38,8 milhões de trabalhadores informais, mostrando uma redução em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado.
Salientando os avanços na remuneração, o rendimento real habitual subiu para R$ 3.574, atingindo um novo recorde. Essa quantia representa um aumento de 1,8% em relação ao trimestre precedente e de 4,5% se comparado ao mesmo trimestre de 2024. A massa de rendimento real habitual também foi destacada, chegando a R$ 363,7 bilhões, com uma alta de 2,5% no trimestre e de 5,8% no ano.
O relatório também revelou que o número de empregados no setor privado alcançou 53,0 milhões, com 39,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada, representando um novo recorde. Havendo um crescimento de 1,0 milhão de pessoas no último ano. O setor público também não ficou atrás, registrando 13,1 milhões de empregados, representando um aumento de 3,8% no ano.
Por fim, a análise por atividades mostrou que houve um aumento no número de postos de trabalho apenas em determinadas áreas, como a administração pública e serviços sociais, que cresceu 2,6% em relação ao trimestre anterior. No comparativo anual, o setor de transporte e serviços públicos também apresentou crescimento.
Esses dados, divulgados pelo IBGE, evidenciam uma recuperação robusta do mercado de trabalho brasileiro, ainda que haja desafios a serem enfrentados nas áreas de informalidade e equidade de rendimentos.
PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 5,2% e taxa de subutilização é de 13,5% no trimestre encerrado em novembro