Terceiro Diálogo Regional do Balanço Ético Global é Realizado em Nova Déli com Foco em Ações Climáticas
Na última segunda-feira (1º), Nova Déli, na Índia, sediou o terceiro diálogo regional do Balanço Ético Global (BEG), reunindo representantes de pessoas, empresas e governos do continente asiático. Essa iniciativa visa discutir ações climáticas sob uma perspectiva ética, com foco na emergência climática.
O evento contou com a participação de 22 lideranças de diferentes setores, conduzido por Kailash Satyarthi, ativista indiano e vencedor do Prêmio Nobel da Paz. De acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o diálogo é uma oportunidade para ouvir experiências diversas, como as de cientistas, mulheres e juventudes, que enfatizam a necessidade de implementar os acordos climáticos já estabelecidos.
Os debates abordaram a realidade das ações climáticas nos países asiáticos, incluindo as metas de triplicar a energia renovável, duplicar a eficiência energética, promover a transição para o fim do desmatamento e do uso de combustíveis fósseis, além de enfrentar perdas e danos enfrentados pelas populações locais.
Kailash Satyarthi ressaltou a urgência da situação, afirmando: “Nosso planeta está em chamas, e o tempo do ‘mais do mesmo’ acabou. Precisamos agir agora – mudando fundamentalmente nosso modo de vida e nos unindo em uma nova era de cooperação global”.
A ministra Marina Silva também destacou a importância da transparência e abertura nos encontros do BEG, visando soluções para auxiliar países afetados pela emergência climática. “Esperamos que o balanço ético possa trazer a realidade vivida nos territórios, e não apenas relatórios e gráficos”, afirmou.
O diálogo realizado na Ásia é o terceiro de seis encontros programados. O primeiro aconteceu em Londres, liderado pela ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson, e o segundo ocorreu em Bogotá, sob a co-liderança da ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet.
Os próximos diálogos serão realizados na África, com a ambientalista e ativista queniana Wanjira Mathai, e na América do Norte, com Karenna Gore, fundadora do Center for Earth Ethics. Além desses diálogos regionais, organizações civis e governos poderão promover diálogos autogestionados, utilizando a mesma metodologia. Segundo o embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), “o que importa são as pessoas”, enfatizando a participação cidadã nas negociações.
Ao término de cada diálogo, um relatório regional será produzido, contribuindo para um documento final que será apresentado na COP30, em Belém, Brasil. “Estamos recebendo muitas e potentes contribuições do Balanço Ético Global”, concluiu Marina Silva.
Balanço Ético Global da Ásia é realizado em Nova Déli
Fonte: Agencia Brasil.
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