Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da CBF, alega discriminação em petição ao STF
Em um documento formal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), solicita a suspensão de uma ação movida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Rodrigues, que foi afastado do cargo, argumenta ter sido alvo de "intolerância" e "exclusão política" devido à sua origem e cor de pele, referindo-se a si mesmo como um "nordestino negro" à frente da CBF.
Na petição apresentada no dia 19 de maio de 2025, Ednaldo descreve que sua gestão foi marcada por "resistências estruturais" e que sua imagem foi prejudicada por "movimentos de exclusão política". A ação que resultou em seu afastamento foi protocolada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, após suspeitas de falsificação de assinatura em um documento homologado pelo STF. Essa decisão incluiu a nomeação de um interventor e a convocação de novas eleições na CBF.
Rodrigues defende que sua administração buscou romper com práticas de oligarquias no futebol nacional, mas se deparou com ataques difamatórios. Alega ainda que não houve comprovações de má conduta durante seu período de liderança e que o Judiciário foi induzido a erro.
O ex-presidente também menciona os impactos que as investigações causaram em sua vida pessoal e familiar, relatando como situações de desinformação pública e interpretações distorcidas afetaram sua serenidade e a de seus entes queridos. "Movido pelo profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro e, sobretudo, a serenidade de minha vida familiar, que tem sido abalada por equívocos públicos", disse Ednaldo.
Rodrigues deseja que a Suprema Corte revise a questão e permita que ele realize seu trabalho sem as restrições impostas pela atual situação, além de chamar a atenção para o contexto sociopolítico que, segundo ele, influencia a percepção pública sobre sua gestão na CBF.
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Ednaldo Rodrigues foi afastado da CBF na última semana. (Foto: CBF/Divulgação)
Ednaldo alega ter sofrido intolerância na CBF por ser 'um negro nordestino'
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Fonte: Lance