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França reconhece injustiça histórica da dívida imposta ao Haiti

InternacionalFrança reconhece injustiça histórica da dívida imposta ao Haiti

França Reconhece Implicitamente o Peso da Dívida Imposta ao Haiti: Dua Cem Anos de História e Luta por Reparação

O governo da França declarou, nesta quinta-feira (17), que a indenização financeira exigida em troca do reconhecimento da independência do Haiti, firmada há exatos 200 anos, representou um "fardo pesado" para a recém-criada república caribenha, impactando significativamente seu desenvolvimento. Durante um discurso, o presidente francês, Emmanuel Macron, enfatizou a injustiça da cobrança imposta pelo governo de seu antecessor, que, segundo ele, “colocou um preço na liberdade de uma jovem nação”, que desde seu surgimento enfrentou os desafios impostos pela história.

Em resposta às crescentes demandas por reparações, especialmente no marco do bicentenário da dívida, o governo francês anunciou a formação de uma comissão conjunta franco-haitiana. O objetivo é investigar o impacto da dívida sobre o Haiti, no entanto, não foram apresentadas propostas de reparação financeira ao país que enfrenta sérios problemas de fome e insegurança.

Macron destacou que a luta pela independência haitiana foi uma continuação do espírito da Revolução Francesa de 1789, mas que a trajetória da nação foi desvirtuada por forças contrarrevolucionárias. "Reconhecer a verdade da história é recusar o esquecimento e o apagamento. Cabe também à França assumir sua parcela de verdade na construção da memória, que é dolorosa para o Haiti", afirmou o presidente francês.

A criação da comissão visa examinar o “passado comum” e a consequência da indenização de 1825, sem garantir reparações financeiras, o que contraria as exigências de organizações sociais e populares não apenas do Haiti, mas também da América Latina e do Caribe. Macron reiterou a importância de um futuro mais pacífico entre os dois países e propagou a ideia de um relacionamento renovado baseado no respeito mútuo.

Organizações da sociedade civil entregaram uma carta ao governo francês exigindo que a nação europeia compense o Haiti pela dívida estipulada em 150 milhões de francos, que foi imposta ao país como condição para o reconhecimento de sua independência em 17 de abril de 1825, após um longo período de bloqueio comercial. O pagamento da dívida se estendeu por 122 anos, durante os quais o Haiti destinou 80% de seu orçamento nacional à quitação da mesma em 1900. Essa pesada carga financeira é apontada como um dos fatores que contribuíram para que o Haiti se tornasse o país mais pobre das Américas.

As organizações sociais também enfatizam que a atual crise vivida pelo Haiti, marcada por violência e pobreza extrema, é um desdobramento direto da dívida histórica. Em um documento coletado, afirmam: "Entre as principais causas do gangsterismo no Haiti estão a pobreza crônica e as desigualdades sociais acumuladas e reproduzidas ao longo de dois séculos de asfixia neocolonial".

O Haiti, que se destacou como a mais rentável colônia do mundo no século XVIII, conquistou sua independência em 1804, estabelecendo-se como a primeira nação negra livre e o primeiro país independente da América Latina e do Caribe. O movimento de libertação foi liderado por Toussaint Louverture, que derrotou os exércitos da França, Inglaterra e Espanha, que buscavam reverter a emancipação do povo haitiano.

Essa reflexão sobre a dívida imposta há duas centenas de anos reabre o debate sobre reparações históricas e as consequências do colonialismo, um tema que continua sendo central nas discussões políticas e sociais modernas.

França reconhece injustiça contra Haiti por dívida da independência

Fonte: Agencia Brasil.

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