Cúpula do Brics no Rio de Janeiro abordará energia nuclear e suas implicações sociais
A partir deste domingo, 6 de outubro, o Rio de Janeiro sediará a Cúpula do Brics, bloco que reúne 11 países, e temas relacionados à energia estarão em destaque nas discussões. A juventude, através de diversas vozes e organizações, irá contribuir para um debate amplo sobre as questões energéticas que afetam as futuras gerações.
Alexander Kormishin, presidente e diretor-geral da Agência de Energia para a Juventude do Brics, destaca a crescente aceitação entre os jovens em relação à energia nuclear. Em entrevista à Agência Brasil, ele afirmou que muitos jovens enxergam a geração nuclear como uma solução viável e limpa, capaz de proporcionar acesso à energia sustentável e de longa duração. “A energia nuclear é limpas, tecnologicamente avançada e garante benefícios duradouros para as próximas gerações”, comentou Kormishin, apontando que os países do Brics estão progredindo no financiamento de projetos nesta área.
COP30 em Belém: um olhar para o futuro energético
O evento também prepara o terreno para discussões que ocorrerão na COP30, marcada para novembro em Belém. Kormishin menciona que durante a 7ª Cúpula da Juventude de Energia do Brics, realizada em Brasília no mês passado, foram definidas pautas como o uso de pequenos reatores modulares, alternativas de baixo carbono e combustíveis sustentáveis. “As soluções tecnológicas serão debatidas com foco na transição energética justa e inclusiva, a partir da perspectiva do Sul Global”, diz.
Preocupações com a transição energética e impactos sociais
Um aspecto central destacado por Kormishin é a preocupação da juventude com aspectos sociais dessa transição, que precisam ser considerados especialmente nos países onde a matriz energética tradicional ainda predomina. “Essa mudança impacta profundamente as famílias, principalmente aquelas que dependem da formação acadêmica dos jovens”, afirma. Ao contrário da juventude do G7, que vê a segurança energética através da crise do gás na Europa e as consequências da guerra na Ucrânia, os jovens do Brics estão focados no acesso a investimentos e em oportunidades empreendedoras.
Kormishin alerta ainda para os impactos sociais da transição de energias tradicionais para renováveis, que incluem a possível vulnerabilidade de certos grupos, como ativistas e formuladores de políticas públicas. Ele observa que, apesar das diferenças entre as realidades energéticas dos países membros, existe um compromisso em compartilhar ideias e adaptá-las aos contextos específicos.
“A estrutura que estamos criando é inclusiva e baseada em pesquisa, permitindo que os jovens reflitam sobre suas prioridades e divergências”, conclui Kormishin, ressaltando a importância de um diálogo dinâmico sob a presidência brasileira.
As discussões na Cúpula do Brics e na COP30 abordarão temas críticos para o futuro da energia e suas implicações sociais, refletindo a necessidade de uma abordagem integrada e colaborativa diante dos desafios globais atuais.
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Fonte: Agencia Brasil.
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