Protesto Pró-Palestina Reúne Milhares em São Paulo
Na tarde deste domingo (5), milhares de manifestantes se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para um ato de solidariedade à luta palestina e para protestar contra a detenção de ativistas que tentaram romper o bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza. O evento, que atraiu um público heterogêneo, contou com a presença de cidadãos de várias origens, partidos políticos, sindicatos e organizações estudantis.
A principal demanda do grupo foi um posicionamento mais firme do governo brasileiro em relação à segurança dos 11 brasileiros detidos entre os ativistas. Os manifestantes denunciavam a postura violenta da marinha israelense, exigindo que o governo Lula rompesse relações diplomáticas e comerciais com Israel. “É um absurdo que o governo brasileiro continue exportando petróleo e aço para um Estado assassino, genocida”, afirmou o jornalista Bernardo Cerdeira, de 70 anos, enfatizando a necessidade de uma Palestina livre.
Ziad Saifi, comerciante de origem libanesa, destacou a importância do protesto. “Estamos aqui pela luta pela liberdade e pelo fim do genocídio que acontece na Palestina”, disse. Ele e outros presentes na manifestação também mencionaram a figura histórica de Yasser Arafat, que, embora tenha morrido em 2004, é lembrado como um símbolo da resistência palestina.
Entre os participantes, Sol, de apenas 19 anos, manifestou sua preocupação com a situação atual da Palestina. “O povo palestino representa a resistência anticolonial do mundo inteiro”, ressaltou, referindo-se ao contexto do protesto.
Flotilha Global Sumud
A mobilização está ligada à Flotilha Global Sumud, que reuniu cerca de 50 embarcações e 461 ativistas de diferentes países. A flotilha tinha como objetivo levar doações de alimentos e remédios à Faixa de Gaza e tentar diminuir os impactos do bloqueio israelense, que têm provocado mortes por inanição e surtos de doenças. Todos os barcos da flotilha foram interceptados pela marinha e força aérea israelenses, resultando na detenção dos ativistas, inclusive da ativista norueguesa Greta Thunberg, que teria sido agredida durante a abordagem.
Reação do Itamaraty
Em resposta à detenção dos ativistas, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou que as ações de Israel violam o direito internacional de liberdade de navegação e exigiu a liberação imediata dos brasileiros. O Itamaraty reafirmou que Israel deve ser responsabilizado por atos ilegais e garantir a segurança dos ativistas sob sua custódia.
O protesto em São Paulo é parte de um movimento global em defesa dos direitos dos palestinos e pela libertação dos detidos, que continua a ganhar apoio em várias partes do mundo.
As informações contidas neste artigo refletem a complexidade da situação e o sentimento de urgência entre os manifestantes em relação à causa palestina.
Fotografia: Ato pró-Palestina em São Paulo – Rovena Rosa/Agência Brasil.
Ato pede libertação de ativistas de flotilha e medidas duras do Brasil
Fonte: Agencia Brasil.
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