Transformando Luto em Luta: Evelin Moura Cria Projeto Contra Negligência Médica
Após a trágica perda de seu filho de 2 anos e 4 meses por negligência médica, Evelin de Moura Nascimento, 38 anos, encontrou na dor uma motivação para transformar sua realidade. Com o intuito de acolher famílias que, assim como a sua, sofreram com a falta de cuidado nas instituições de saúde, ela lançou o projeto “Mufi”, que significa “mais um futuro”.
Com o projeto, Evelin começou a confeccionar camisas que alertam sobre a negligência médica. Formada em técnico de produção de moda, ela participou de um curso de capacitação na confecção de camisas no projeto Mulher Potência Empreendedora, promovido pelo Instituto da Providência. Em suas palavras, “o curso me ajudou muito nessa fase de perda. O Mufi virou uma marca e agora vou criar peças buscando justiça pelo meu filho”.
Evelin destaca que essa luta também é por sua filha de 1 ano e 11 meses, ressaltando que “a partir de um luto, a vida não acaba, se inicia uma outra”.
Capacitação e Empoderamento Feminino
No último dia 18, Evelin foi uma das 260 mulheres que se formaram no projeto Mulher Potência Empreendedora, realizando seu sonho de se tornar empreendedora. Durante nove meses, as participantes, que atuam em setores como gastronomia, moda e beleza, receberam a capacitação necessária para abrir seus próprios negócios. Desde o início da iniciativa, em 2022, foram atendidas 1,7 mil mulheres, resultando na criação de 684 novos empreendimentos.
Maria Garibaldi, diretora executiva do Instituto da Providência, afirma que “as mulheres conseguem olhar para a frente e ver sua trajetória como empreendedoras”. Segundo ela, a capacitação proporciona um aumento exponencial na renda das participantes, melhorando a qualidade de vida de suas famílias.
Outro exemplo de sucesso é Raquel Baltar, 40 anos, que começou a vender salgados para ajudar com as finanças da sua família. Com o tempo, Raquel decidiu se inscrever no curso do Instituto da Providência e, após se capacitar, deu um passo importante na sua trajetória como empreendedora. “Foi a melhor coisa da minha vida conhecer o projeto e aprender a técnica de doces e salgados”, afirma Raquel, que já começou a vender os produtos na sua comunidade em Jacarepaguá.
Superando Desafios
Claudete Luiz da Costa, 44 anos, também compartilha a transformação que viveu após participar do mesmo curso. Ela destaca que antes se sentia perdida, mas o suporte oferecido durante a capacitação mudou sua perspectiva. Hoje, Claudete se sente preparada para enfrentar o mercado de trabalho, afirmando estar “capacitada e que serei uma empreendedora de sucesso”.
“Entrei totalmente crua, mas fui amparada pelas instrutoras e colegas de curso. Hoje, sei que darei o meu melhor”, finaliza Claudete.
Mulheres empreendedoras se formam na zona oeste do Rio
Fonte: Agencia Brasil.
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