Polícia Civil do ES conclui inquérito sobre a morte de bebê em Vila Velha
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), encerrou o inquérito que investigou a morte da bebê Agatha Ester Santos Barbosa, de apenas 1 ano e 6 meses, ocorrida no dia 10 de maio deste ano. A criança foi levada sem vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera da Barra, em Vila Velha.
Na última quinta-feira (07), a PCES realizou uma coletiva de imprensa na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória, para divulgar os detalhes do caso. O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, destacou a complexidade do trabalho investigativo. “A Polícia Civil é dirigida por delegados de carreira, que atuam como autoridades judiciárias. Nosso papel é instrumentalizar processos para o Poder Judiciário, unindo conhecimento jurídico e habilidade investigativa”, afirmou.
Arruda descreveu os momentos iniciais da ocorrência. “A morte da menina levou a uma ação imediata da polícia. O delegado de plantão, diante da gravidade da situação e das evidências, entendeu que a causa da morte poderia ser uma ação dolosa do namorado da mãe, que também foi indiciado por omissão dela”, explicou.
Após a prisão em flagrante dos dois, o inquérito foi transferido para a DHPM, onde uma investigação minuciosa foi iniciada. A chefe da divisão, delegada Raffaella Aguiar, ressaltou os esforços da equipe. “O caso foi complexo, com oitiva de testemunhas e análise da vida pregressa da família. O laudo cadavérico foi fundamental para elucidar os eventos que levaram à morte da criança. O namorado da mãe tentou reanimá-la, mas utilizou força excessiva”, detalhou.
O laudo indicou lesões torácicas e ruptura no pâncreas, sugerindo que a manobra de ressuscitação foi realizada de maneira inadequada. Em situações de emergência, a técnica correta deve ser feita com os dedos, mas o namorado da mãe utilizou as mãos no desespero. “Não é possível afirmar onde ocorreu o erro, mas as lesões evidenciam que a técnica foi aplicada de forma incorreta, embora sem intenção de causar dano”, ressaltou Aguiar.
Após um extenso processo de análise, a delegada concluiu que não houve dolo por parte do namorado nem omissão da mãe. “Diante dessas conclusões, solicitamos à Justiça a revogação da prisão dos dois, a qual foi deferida. Relatamos o inquérito ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), sugerindo o arquivamento do caso”, completou a delegada.
A investigação e os desdobramentos desse caso trágico foram tratados com a máxima seriedade e rigor pela Polícia Civil, que sempre busca a justiça e a verdade em casos tão delicados.
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Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de bebê, isentando mãe e namorado de dolo; arquivamento do caso é sugerido.
Fonte: Polícia Civil-ES.