Preços da Indústria em Queda: Análise do Índice de Preços ao Produtor em Abril de 2025
Em abril de 2025, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrado pelas indústrias extrativas e de transformação apresentou uma variação negativa de -0,36% em relação a março do mesmo ano. Este resultado marca o terceiro mês consecutivo de declínio nos preços industriais. Ao se observar o acumulado do ano, a variação atingiu -0,93%, enquanto a variação em 12 meses se manteve em 7,27%. Para efeito de comparação, no mesmo mês de 2024, o IPP registrou uma alta de 0,67%.
O IPP, que mede os preços na “porta de fábrica” — excluindo impostos e fretes — abrange 24 atividades industriais. Destas, 8 apresentaram redução de preços em abril. As indústrias extrativas se destacaram com a maior perda, registrando uma queda de -4,43% nos preços. Outras atividades que contribuíram significativamente para a variação negativa foram o refino de petróleo e biocombustíveis (-3,37%), setores farmacêuticos (-2,87%) e de perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-1,26%).
Na análise de influência, o refino de petróleo e biocombustíveis ficou em destaque, contribuindo com -0,35 ponto percentual na variação total de -0,36% da indústria. As indústrias extrativas também tiveram uma contribuição relevante com -0,20 p.p..
Indicadores em Três Meses
A tabela abaixo mostra a variação do IPP nas últimas três mensais:
Período | Variação (%) |
---|---|
Fevereiro 2025 | -0,12 |
Março 2025 | -0,60 |
Abril 2025 | -0,36 |
No acumulado do ano (de janeiro a abril), a variação foi de -0,93%:
Setor | Variação A até Abril (%) |
---|---|
Indústrias Extrativas | -12,33 |
Metalurgia | -5,45 |
Madeira | -3,86 |
Papel e Celulose | -3,86 |
Setores em Alta e Baixa
Autoridades do IBGE identificaram que, apesar da queda mensal, a variação acumulada em 12 meses foi de 7,27%. Este crescimento foi impulsionado em especial pela metalurgia (15,52%), alimentos (13,19%) e setores de impressão (12,39%).
Os dados também revelaram comportamento contrastante entre as grandes categorias econômicas. Os bens de consumo, embora tenham registrado uma leve alta de 0,83% em abril em relação a março, ainda mostraram uma variação negativa acumulada de 0,91% no ano. Por outro lado, os bens intermediários tiveram uma queda de -1,23% em abril, resultando em uma variação acumulada de -2,30% para o ano.
Destaques e Influências
- Alimentos: Apresentaram, pela primeira vez em 2025, uma variação positiva, de 0,72% em abril. No entanto, continuam acumulando -2,27% no ano.
- Refino de Petróleo: Este setor não só viu uma queda de -3,37%, mas também teve um acumulado negativo pela primeira vez em meses.
- Indústrias Extrativas: Mantiveram sua trajetória negativa com uma variação de -4,43% em abril e -12,33% acumulados no ano.
Analisando a perspectiva de variações, os produtos químicos apresentaram uma queda média, mas com setores específicos como a fabricação de defensivos agrícolas notando uma queda de -5,78%.
Esses dados foram divulgados pela Diretoria de Pesquisas do IBGE, refletindo uma análise abrangente e detalhada das variações nos preços da indústria brasileira. A continuidade desses padrões pode influenciar tendências futuras na economia e no mercado industrial.
Índice de Preços ao Produtor (IPP) é de -0,36% em abril