Montanhistas Voluntários Contribuem para Resgate de Juliana Marins no Vulcão Rinjani, na Indonésia
Indonésia – Em meio à tragédia da morte da brasileira Juliana Marins, duas figuras se sobressaem pelo empenho e dedicação durante o processo de resgate. Os montanhistas indonésios Agam e Dwi Januanto Nugroho tomaram a iniciativa de oferecer assistência, liderando as buscas e içando o corpo de Juliana na madrugada de quarta-feira (25).
Juliana, que realizava uma trilha na borda do vulcão Rinjani, caiu na cratera e deslizou por centenas de metros no último sábado (21). O resgate, segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), enfrentou atrasos devido às condições meteorológicas adversas, terreno complicado e problemas logísticos. Infelizmente, a equipe que conseguiu chegar até o local de queda na manhã do dia 24 já encontrou Juliana sem vida.
Em tributo a Juliana, Agam e Dwi publicaram uma homenagem nas redes sociais, incluindo uma música indonésia sobre o vulcão. “Nossas melhores orações sempre para a alpinista Juliana Marins”, dizia a postagem.
A demora do resgate pelas autoridades locais e pela administração do parque gerou críticas, mas o trabalho dos socorristas voluntários, que atuam como guias locais, tem sido alvo de elogios nas redes sociais. Agam, especificamente, foi chamado de "herói" e recebeu agradecimentos pela sua notável ação. Em seu Instagram, o alpinista compartilhou que ele e sua equipe passaram a noite ao lado do corpo de Juliana, em uma região com penhascos de mais de 590 metros, para garantir que a recuperação fosse realizada com segurança.
Milhares de brasileiros acompanharam o progresso do resgate pelas redes sociais de Agam e enviaram mensagens de apoio. Uma campanha de arrecadação de fundos também começou, buscando apoiar financeiramente os voluntários pelo trabalho feito.
A família de Juliana expressou profunda gratidão aos voluntários que “com coragem” se juntaram ao esforço de resgatar a jovem. Em uma declaração nas redes sociais, destacaram: “Foi graças à dedicação e à experiência de vocês que a equipe pôde finalmente chegar até Juliana e nos permitir, ao menos, esse momento de despedida”.
Além da sua beleza natural, o Monte Rinjani é considerado um local sagrado, simbolizando um lar para espíritos ancestrais. Na postagem de Agam, ele refletiu sobre a escalada, que muitas vezes transforma a perspectiva de vida das pessoas. “A escalada, além de ser um esforço pessoal para vencer a si mesmo, também leva muitos a perceberem o quão pequena é a existência individual diante do Universo”, escreveu Agam.
A situação em Rinjani, que teve desdobramentos trágicos e comoventes, é lembrada com carinho por aqueles que tiveram a oportunidade de acompanhar as ações em homenagem à vida de Juliana Marins.
Mapa do Monte Rinjani, na Indonésia, onde Juliana Marins foi encontrada morta
(Texto atualizado às 18h39 para incluir nota divulgada pela família de Juliana Marins)
Socorristas voluntários que trabalharam no resgate homenageiam Juliana
Fonte: Agencia Brasil.
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