RDS Concha D’Ostra Inicia Período de Defeso do Caranguejo-Uçá
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Concha D’Ostra, localizada em Guarapari, e administrada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), alerta a população sobre o início do período de defeso do caranguejo-uçá (Ucides cordatus). Desde o dia 1º de outubro, a captura, transporte, comercialização e beneficiamento do crustáceo estão proibidos, conforme a Portaria nº 52/2003 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Esta restrição permanece válida até 30 de novembro para todos os indivíduos da espécie. No mês de dezembro, especificamente entre os dias 1º e 31, a proteção se intensificará, abrangendo exclusivamente as fêmeas.
Conhecido como o “engenheiro do mangue”, o caranguejo-uçá desempenha um papel vital para o ecossistema da RDS Concha D’Ostra. Suas escavações contínuas são essenciais para a aeração do solo, circulação de água e decomposição de matéria orgânica, fatores que garantem a saúde dos manguezais da reserva. Além de sua importância ecológica, esta espécie é um ativo econômico significativo para as comunidades locais, servindo como fonte de renda e alimento para diversas famílias.
O período de defeso coincide com a fase reprodutiva do caranguejo-uçá, quando machos e fêmeas abandonam suas tocas para acasalamento. Após essa fase, as fêmeas retornam aos abrigos para incubar os ovos, que, posteriormente, liberarão larvas nas marés, assegurando a continuidade do ciclo de vida. A captura do crustáceo nesse momento crítico pode interromper severamente esse processo, comprometendo a reposição natural dos estoques e a saúde do manguezal.
A fiscalização e as ações de conservação durante o defeso na RDS Concha D’Ostra ocorrem de maneira integrada entre o Iema, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e outras instituições ambientais. Renata Baes, técnica ambiental do Iema, enfatiza a importância do respeito a esse período: “Esse ato é essencial não apenas para a conservação da biodiversidade, mas também para fortalecer a gestão participativa da reserva. A colaboração de todos — comunidade local, pescadores, comerciantes e consumidores — é fundamental para o sucesso desta medida.”
Para mais informações, a Assessoria de Comunicação do Iema está à disposição:
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Fonte: Governo ES