Taxa de Desocupação no Brasil atinge o menor nível histórico
No trimestre encerrado em setembro de 2025, a taxa de desocupação no Brasil foi de 5,6%, repetindo a menor marca registrada desde o início da série histórica em 2012. Este percentual representa uma redução de 0,2 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior, quando a taxa era de 5,8%, e uma queda de 0,8 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, que apresentou uma taxa de 6,4%.
Principais Indicadores
A seguir estão os principais indicadores do cenário do mercado de trabalho:
| Indicador/Período | Jul-ago-set 2025 | Abr-mai-jun 2025 | Jul-ago-set 2024 |
|---|---|---|---|
| Taxa de desocupação | 5,6% | 5,8% | 6,4% |
| Taxa de subutilização | 13,9% | 14,4% | 15,7% |
| Rendimento real habitual | R$ 3.507 | R$ 3.497 | R$ 3.373 |
A população desocupada totalizou 6,0 milhões, o que constitui o menor contingente desde o início da série histórica, com uma diminuição de 3,3% (ou 209 mil pessoas) no trimestre e uma queda de 11,8% (menos 809 mil pessoas) em comparação ao ano anterior.
Por outro lado, a população ocupada foi de 102,4 milhões, apresentando estabilidade no trimestre e um crescimento de 1,4% (ou mais 1,4 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período do ano passado. O nível de ocupação, que é a porcentagem de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, foi de 58,7%, mantendo-se em níveis semelhantes ao trimestre anterior e apresentando um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao ano.
Subutilização do Trabalho
A taxa composta de subutilização caiu para 13,9%, a menor da série, com uma redução de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior e uma diminuição de 1,8 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. A população subutilizada atingiu 15,8 milhões, refletindo a menor quantidade desde dezembro de 2014, com uma redução de 4,0% (menos 664 mil pessoas) no trimestre e 11,4% (menos 2,0 milhões de pessoas) no ano. A população subocupada por insuficiência de horas ficou estável em 4,5 milhões, embora tenha caído 9,9% no ano.
Situação do Emprego
A população fora da força de trabalho cresceu, alcançando 65,9 milhões, o que representa um aumento de 0,6% (mais 423 mil pessoas) no trimestre e de 1,2% (mais 750 mil pessoas) no ano. A população desalentada, por sua vez, ficou em 2,6 milhões, a menor desde dezembro de 2015, e apresentou estabilidade no trimestre, com uma queda de 14,1% em relação ao ano anterior.
Registro de Emprego
O número de empregados no setor privado atingiu 52,7 milhões, um recorde da série, sem variações significativas no trimestre ou no ano. Entre esses, os empregados com carteira assinada totalizaram 39,2 milhões, com uma alta de 2,7% (mais 1,0 milhão de pessoas) em relação ao ano. A taxa de informalidade, por sua vez, permanece em 37,8%, com 38,7 milhões de trabalhadores informais, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e apresentando uma ligeira queda em relação ao mesmo período do ano passado.
Rendimento e Massa de Rendimento
O rendimento real habitual de todos os trabalhos atingiu um recorde de R$ 3.507, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior, mas crescendo 4,0% em comparação ao ano. A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 354,6 bilhões, também um recorde, com estabilidade no trimestre e um crescimento de 5,5% (mais R$ 18,5 bilhões) no ano.
Análise Setorial
No que diz respeito à ocupação por grupamentos de atividade, houve crescimento no número de pessoas ocupadas em Agricultura, onde aumentou 3,4% (mais 260 mil pessoas) e na Construção, também com um aumento de 3,4% (mais 249 mil pessoas). Entretanto, o Comércio e Serviços Domésticos apresentaram reduções de 1,4% e 2,9%, respectivamente.
Frente ao mesmo período de 2024, novas contratações foram observadas em áreas como Transporte, com um crescimento de 6,7% (mais 371 mil pessoas), e na Administração pública, defendendo um aumento de 3,9% (mais 724 mil pessoas).
Essas dinâmicas do mercado de trabalho formam um panorama atualizado e detalhado da situação do emprego e ocupação no Brasil para o semestre, embasado nos dados divulgados pelo IBGE.
PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 5,6% e taxa de subutilização é de 13,9% no trimestre encerrado em setembro