BNDES Anuncia Investimentos para Preservação da Biodiversidade em Ilhas Oceânicas
Na última segunda-feira (2), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou investimentos de R$ 40 milhões voltados para a preservação da biodiversidade de ilhas oceânicas brasileiras. Esta iniciativa faz parte do projeto BNDES Azul, focado na conservação de ecossistemas frágeis.
BNDES Biodiversidade – Ilhas do Futuro
O programa inclui a linha de crédito “BNDES Biodiversidade – Ilhas do Futuro, Ninhos Protegidos”, que financiará projetos com o objetivo de restaurar e proteger os habitats reprodutivos de aves marinhas e migratórias. Segundo Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, a iniciativa visa combater espécies invasoras de roedores, que têm impactado negativamente os ninhos das aves.
“O Brasil possui um conjunto de ilhas que é património natural, mas que estão sob risco devido a diversos fatores. Muitas das espécies de aves que habitam essas ilhas estão vulneráveis e ameaçadas”, destacou Campello.
As instituições sem fins lucrativos interessadas em participar do edital podem submeter propostas com investimento mínimo de R$ 5 milhões, com o BNDES cobrindo até 50% do valor de cada projeto selecionado.
Ampliação do Programa BNDES Corais
Além disso, o BNDES anunciou a ampliação da linha de crédito BNDES Corais em R$ 43 milhões, direcionada para a recuperação de recifes em várias regiões do país. Na fase anterior, já haviam sido alocados R$ 45 milhões. Projetos de organizações como WWF, Funbio e Instituto AEPTEC-BA já foram aprovados.
A importância dos recifes é ressaltada pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que comentou: “Esse é o ecossistema mais ameaçado nos oceanos, essencial para a vida marinha e para o desenvolvimento da biodiversidade. Estamos buscando melhorar a qualidade da água e incentivar alternativas sustentáveis nas comunidades”.
Planejamento Espacial Marítimo (PEM)
Na mesma ocasião, o BNDES firmou um contrato de R$ 12 milhões para desenvolver estudos relacionados ao Planejamento Espacial Marítimo (PEM) da costa sudeste, abrangendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Essa ação integra um compromisso firmado pelo Brasil na Conferência da ONU para os Oceanos, em 2017, com o objetivo de mapear todo o litoral nacional até 2030.
“O mapeamento do território marinho é essencial para entender os recursos disponíveis e os riscos que esses ambientes enfrentam”, afirmou Tereza Campello. Atualmente, estudos de PEM estão sendo realizados nas regiões Sul e Nordeste do país.
O BNDES também anunciou o consórcio responsável pelo PEM da costa norte, que vai do Maranhão ao Amapá, uma área com potencial para exploração petrolífera, o que gera preocupações entre ambientalistas sobre possíveis impactos na fauna local.
A diretora enfatizou a obrigatoriedade do trabalho de mapeamento como uma responsabilidade do Brasil perante organismos internacionais.
Essas iniciativas do BNDES não apenas destacam a importância da biodiversidade, mas também reforçam o compromisso do Brasil com a preservação dos seus ecossistemas marinhos.
Edital do BNDES destina R$ 43 milhões para proteção de ilhas oceânicas
Fonte: Agencia Brasil.
Meio Ambiente