Clubes Brasileiros Reagem Contra Restrições a Propagandas de Apostas
Na última terça-feira (27), clubes de todas as quatro divisões do futebol brasileiro expressaram forte oposição ao projeto do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que propõe restrições à veiculação de publicidade de casas de apostas. Um total de mais de 50 equipes, incluindo todos os membros da Liga do Futebol Brasileiro (Libra), assinaram um documento de repúdio à proposta.
A proposta prevê a proibição de anúncios durante os jogos, limitando os períodos de exibição das propagandas a apenas cinco minutos antes ou depois das partidas. A votação desse projeto ocorrerá nesta quarta-feira (28) pela Comissão de Esportes do Senado. Segundo estimativas, a possível aprovação poderá resultar em uma queda de aproximadamente R$ 1,6 bilhão nas receitas oriundas das transmissões do futebol, impactando gravemente clubes, especialmente os de menor porte que dependem dessa arrecadação.
Em uma declaração conjunta, os clubes ressaltaram que a nova regra poderia ser "definitiva para a sobrevivência" de instituições que realizam trabalhos sociais vitais em suas comunidades. O documento destaca que a proibição de exposição de marcas em placas publicitárias é uma limitação econômica significativa, diretamente prejudicial ao ecossistema do futebol nacional.
Portinho, ao justificar sua proposta, mencionou que o Brasil vive "uma pandemia de vício em apostas" e que a responsabilidade social dos clubes deve ser levada em conta. Ele afirmou: "Se estão ganhando tudo isso, é porque tem muita gente perdendo. Muitas famílias destruídas."
A resposta do setor esportivo foi unânime. Todos os 14 clubes da Libra, como Atlético-MG, Flamengo, Palmeiras e São Paulo, uniram-se contra o projeto, pedindo prudência e responsabilidade por parte dos senadores. O documento señala que o colapso financeiro afetaria gravemente tanto gigantes do futebol quanto clubes pequenos que exercem uma função social importante.
A imagem do Senador Carlos Portinho (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado) resume a tensão em torno do debate sobre as casas de apostas. O senador aponta para a necessidade de um equilíbrio entre regulamentação e a viabilidade financeira do esporte.
Nota dos Clubes sobre Publicidade de Apostas
Os clubes expressaram profunda preocupação com o substitutivo do senador, que, segundo eles, "é uma proibição à parte disfarçada". A perda de receitas, advogam, afetará não apenas os grandes, mas também aqueles que operam no ambiente local, cujo suporte financeiro é crucial.
"A crise que resultaria do Substitutivo é alarmante, com uma perda de R$ 1,6 bilhões anuais, colocando em risco a estabilidade financeira do futebol brasileiro", afirmam, destacando que a limitação da publicidade não é a solução para os problemas sociais associados ao jogo.
As imagens e informações apresentadas neste artigo refletem um momento crucial na história do futebol brasileiro, onde decisões políticas poderão moldar o futuro das instituições esportivas e suas interações com o novo mercado de apostas.
(Foto: Francisco Alves/AGIF)
Clubes vão contra projeto que limita placas de casas de apostas
Em Resumo
“Clubes de futebol se opõem a um projeto que propõe limitar a exibição de placas de casas de apostas em estádios e em suas proximidades. Eles argumentam que a presença das casas de apostas tem um papel financeiro importante e que a limitação poderia afetar a receita dos clubes. A discussão continua, com diferentes visões sobre a regulação e o impacto no esporte.”
Fonte: Lance