IPCA de Maio Registra Variação de 0,26%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio de 2025 apresentou uma variação de 0,26%, inferior aos 0,43% observados em abril. No acumulado do ano, o índice registra uma alta de 2,75%, e nos últimos doze meses, o IPCA se estabelece em 5,32%, mostrando uma desaceleração em relação aos 5,53% do período anterior. Comparado a maio de 2024, quando a variação foi de 0,46%, o índice também demonstra uma tendência de queda.
Grupos de Produtos e Serviços
Dentre os nove grupos analisados, o destaque foi para Habitação, que teve a maior variação com 1,19% e um impacto de 0,18 pontos percentuais (p.p.) no índice de maio. Em contraste, Transportes e Artigos de Residência apresentaram quedas nos preços, com variações de -0,37% e -0,27%, respectivamente. Os grupos apresentaram as seguintes variações:
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) |
---|---|---|
Índice Geral | 0,26 | 0,26 |
Alimentação e bebidas | 0,17 | 0,04 |
Habitação | 1,19 | 0,18 |
Artigos de residência | -0,27 | -0,01 |
Vestuário | 0,41 | 0,02 |
Transportes | -0,37 | -0,08 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,54 | 0,07 |
Despesas pessoais | 0,35 | 0,04 |
Educação | 0,05 | 0,00 |
Comunicação | 0,07 | 0,00 |
Impactos da Habitação
A energia elétrica residencial, com uma alta de 3,62%, foi o subitem que mais impactou o índice geral, representando um aumento de 0,14 p.p. Sob a vigência da bandeira tarifária amarela, o serviço aumentou R$ 1,885 a cada 100 KWh consumidos, resultando em uma elevação significativa no custo de habitação. Outros aumentos registrados incluem reajustes nas tarifas de água e gás encanado em diversas regiões.
Alimentação e Saúde
No grupo alimentar, a desaceleração foi notável, com a variação passando de 0,82% em abril para 0,17% em maio. Este resultado foi comedido pela diminuição nos preços de itens como tomate (-13,52%), arroz (-4,00%) e frutas (-1,67%). Por outro lado, o preço da batata-inglesa subiu 10,34%, assim como a cebola, que teve alta de 10,28%. Na categoria de saúde, houve uma desaceleração de 1,18% para 0,54%, com destaque para os produtos farmacêuticos, que subiram 0,69%.
Reajustes Regionais
Regionalmente, a maior variação no IPCA foi observada em Brasília (0,82%), impulsionada especialmente pela alta da energia elétrica e da gasolina, enquanto a menor variação ocorreu em Rio Branco (0,00%), devido a quedas nos preços de itens básicos. O impacto das variações pode ser verificado na tabela abaixo:
Região | Variação (%) | Acumulado Ano (%) | Acumulado 12 meses (%) |
---|---|---|---|
Brasília | 0,82 | 3,12 | 5,59 |
Belém | 0,66 | 3,23 | 5,49 |
Fortaleza | 0,57 | 2,67 | 5,37 |
Recife | 0,56 | 2,68 | 4,33 |
Goiânia | 0,49 | 2,08 | 5,71 |
Salvador | 0,35 | 2,71 | 4,89 |
São Paulo | 0,12 | 2,71 | 5,69 |
INPC de Maio
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve uma alta de 0,35% em maio, acumulando 2,85% no ano e 5,20% nos últimos 12 meses, apresentando uma redução em relação aos 12 meses anteriores. A desaceleração nos produtos alimentícios na mesma período, que caíram para 0,26% em maio, também reflete uma tendência observada no IPCA.
Metodologia e Coleta de Dados
Os índices foram calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que analisa o comportamento dos preços entre as famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo diversas regiões urbanas do Brasil. O período de referência para as comparações de preços foi de 1º a 29 de maio de 2025. Esta coleta abrange as famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos, proporcionando uma visão abrangente sobre o comportamento econômico no país.
IPCA fica em 0,26% em maio